Tupi conquista o Campeonato Brasileiro pela décima primeira vez
O Olaria Atlético Clube, localizado na tradicional Rua Bariri, no Rio de Janeiro, sediou, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, o 42º Campeonato Brasileiro Interclubes de Futebol de Mesa da regra Três Toques. Após seis anos, a principal competição da “Regra Carioca” voltava ao berço em que fora criada. E o que se viu foi uma disputa de alto nível técnico, coroada com uma final emocionante entre Acafuma (DF), que defendia o título nacional, e Tupi (MG), que buscava sua décima primeira conquista. A vitória por 1 a 0 do Galo Carijó assegurou o undecampeonato, deixando o clube juiz-forano ainda mais isolado na lista dos maiores campeões da Três Toques.
Treze equipes e 65 botonistas se inscreveram para a competição. Os times foram divididos em dois grupos – um com sete e outro com seis – avançando os quatro primeiros para as quartas de final da Taça de Ouro. No Grupo A, classificaram-se Acafuma, Flamengo, ADMB e Liberdade. No B, Tupi A, Chacal, AABB B e Fluminense. Na segunda fase, Acafuma ficou no empate em 2 a 2 contra o Fluminense, classificam-se por ter ficado em primeiro em seu grupo na fase classificatória. O Flamengo avançou com vitória por 2 a 1 sobre da AABB B, mesmo placar do duelo entre ADMB e Chacal. Tupi A venceu o confronto contra o Liberdade por 2 a 0. Nas semifinais, Acafuma derrotou a ADMB por 3 a 0, e Tupi ganhou do Flamengo por 3 a 1.
A decisão
A partida decisiva foi realmente emocionante, com o resultado ficando aberto até as últimas palhetadas. Com melhor rendimento em toda a competição, a Acafuma chegaria ao bicampeonato com um empate. Nas quatro mesas, quatro jogaços: Caruso X Leonardo Stumpf; Digão X Carlos Antônio; Magno X Marcus; Tarcízio X Paulo Marcos. Seis campeões brasileiros individuais com seus times nas mesas e outros dois botonistas que não deixavam o nível cair.
No meio da segunda etapa, o Tupi chegou a estar vencendo por 3 a 0 após Paulo Marcos tirar uma desvantagem de dois gols contra Tarcízio. Mas, em pouco mais de um minuto, um gol de Digão empatou o duelo contra Carlos Antônio, enquanto Magno também conseguiu a igualdade diante de Marcus. Paulo Marcos teve uma falta para conseguir a virada contra Tarcízio, mas dessa vez não conseguiu marcar, possibilitando um perigoso contra-ataque, mas que não terminou em chute.
Quando o relógio apitou, o Alvinegro seguia vencendo por 1 a 0. Um gol em uma das três mesas com resultado ainda indefinido faria o título mudar de mãos. Já nas palhetadas finais, Magno conseguiu a posse de bola dentro da área de Marcus e arriscou um passe de quase 90º para um botão que estava distante, no círculo central. Execução perfeita em uma jogada de grande dificuldade, sobretudo em razão do momento: a bola bateu no botão e se deslocou dois dedos para frente, ficando perigosamente direcionada para o lado esquerdo da meta de Marcus.
Com os outros jogos já definidos, seria a jogada decisiva. Apreensão na Rua Bariri: o botonista da Acafuma buscou um chute cortando no lado direito do goleiro. A bola rasteira cruzou o campo flertando com a rede, mas esbarrou na quina do goleiro. O Tupi voltava a ser campeão nacional após seis anos, título comemorado com lágrimas e sob aplausos. Flamengo terminou em terceiro, com a Associação Desportiva Matias Barbosa (ADMB) na quarta posição.
Emoção também na Taça de Prata
Outro duelo de grandes equipes na decisão da Taça de Prata: Vasco X Grêmio/AABB. Seria a primeira decisão do botonista Rodrigo Primola com a camisa do clube belo-horizontino. Ao ser alertado sobre isso pelo companheiro Vander Felipe antes de a bola rolar, foi possível notar a sua emoção, denunciada pelos olhos, o que acabou por proporcionar uma reação em cadeia, fração de segundos depois, em quem presenciava a cena. O título acabou ficando com a forte equipe vascaína após empate em 1 a 1.
Agradecimentos
Ao final da competição, Leandro Benício, que assumiu recentemente a Diretoria da Três Toques, fez agradecimentos especiais ao Diretor Técnico da competição, Márcio Lopes, pela condução do evento; a todos que contribuíram para a realização da competição, sobretudo os botonistas do Rio de Janeiro, representados por Bruno Mestre e Cláudio Figueiredo; e ao Olaria Atlético Clube por ter aberto suas portas. Merece aplausos também a cordialidade e recepção por parte de todos que fazem parte do clube carioca, dos funcionários aos associados, que realmente abraçaram nosso movimento.
Confira a classificação final: